Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Mateus 7:1, 2
Há alguns anos, meu marido e eu fomos aos Estados Unidos. Enquanto estávamos lá, decidimos tomar um ônibus para visitar uma livraria cristã. Nunca havíamos pegado um ônibus norte-americano antes. Por isso, quando entramos, pedimos o bilhete para a motorista. Ela foi meio grosseira e não pareceu se dar conta de que éramos de outro país. Então apontou para uma máquina grande na qual deveríamos inserir um dólar. Depois de uma recepção como essa, mal ousei pedir que nos avisasse quando chegasse nossa parada.
Nós nos assentamos e esperei o sinal dela. Enquanto andávamos, começou a chover. A chuva aumentava a cada minuto. Estava praticamente torrencial quando chegou nossa parada. Levantamos e nos preparamos para sair. Enquanto o fazíamos, agradecemos a motorista. Contudo, ela me chamou de volta e eu pensei: “O que fiz de errado agora?” Ela, porém, se virou, mexeu nas coisas atrás de si, me entregou um guarda-chuva e um boné a meu marido, que obviamente lhe haviam sido presenteados. Nele estava escrito: “Motorista do ano – 2007”. Ela nos mostrou onde pegar o ônibus de volta e onde ficava a loja.
Após um começo difícil, descobri, para minha vergonha, que eu havia julgado mal aquela mulher. Ela não era em nada tão terrível quanto eu havia pensado. Pelo contrário, fez tudo e mais um pouco para nos ajudar.
Às vezes, fazemos julgamentos instantâneos sobre as pessoas, sem gastar tempo para conhecê-las, ou sem lhes dar a oportunidade de provar o contrário. Toda essa experiência serviu para me ensinar. Quando lidamos com pessoas, devemos ser pacientes, gentis e esperar o melhor delas. Assim, elas podem acabar nos surpreendendo. É isso que eu amo em Jesus. Ele sempre esperava o melhor das pessoas. Não as julgava, mas as aceitava do jeito que eram.
É interessante o que Tiago escreveu: “Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados. O Juiz já está às portas” (Tiago 5:9). Somente Cristo pode julgar devidamente. Minha oração para cada uma de nós é que não julguemos; mas, em vez disso, sejamos mais semelhantes a Jesus, que amava as pessoas do jeito que elas eram.
Clair Sanches-Schotte – Meditação da Mulher 2016