Os hábitos alimentares são adquiridos a partir dos primeiros dias de vida do bebê.
Iniciam-se com o aleitamento materno, que deve ser exclusivo até os seis meses de vida, e que é importante para o desenvolvimento ósseo e muscular.
Após a erupção dos primeiros dentes, os alimentos sólidos são importantes para o exercício da mastigação. Assim que possível, deve-se restringir o uso da mamadeira, substituindo-a pela alimentação sólida.
A dieta deve ser equilibrada com frutas, verduras, legumes, carnes, ovos, leite, cereais, entre outros. Deve haver monitoramento dos horários das refeições, evitando-se, principalmente, alimentos açucarados e ácidos (limão, laranja, vinagre etc.) entre elas, pois diminuem o PH do meio bucal (tornando-o mais ácido). Consequentemente, os dentes ficam mais vulneráveis à doença cárie.
Os alimentos açucarados pegajosos e/ou sólidos (balas de goma, biscoitos recheados, caramelos etc.) podem causar mais lesões cariosas que os líquidos (refrigerantes, suco adoçado). Quanto maior a frequência de ingestão destes alimentos e quanto mais próximo do horário de dormir, maior o risco de formação das lesões cariosas. Portanto, logo após o consumo de doces e alimentos ácidos, é necessária a escovação.
Cárie
O que é Doença Infectocontagiosa
A cárie é uma doença infecciosa e transmissível, que pode ser adquirida na primeira infância, sendo a causa mais comum da dor de dente. Os restos alimentares, principalmente os açucarados, que permanecem em contato com os dentes, são utilizados pelas bactérias presentes na boca, originando ácidos responsáveis pela destruição dental.
Consequências
- Dor, edema (inchaço), mau hálito e alteração da oclusão (encaixe dos dentes);
- Perda da forma (estética) e função (mastigação);
- Necrose pulpar (mortificação) e a consequente necessidade de realização de tratamento de canal, havendo a possibilidade de formação de pus no local, que pode se disseminar para outras partes do organismo. Além disso, pode haver necessidade de extração dental.
Como prevenir
- Manter a higiene bucal através da escovação, uso do fio dental e flúor;
- Reduzir a ingestão de açúcares, inclusive nas mamadeiras, principalmente antes de dormir e entre as principais refeições;
- Visitar o cirurgião-dentista periodicamente;
- Procurar orientação do cirurgião-dentista em casos de diminuição do fluxo salivar, decorrente de doenças e tratamentos médicos específicos. Ex.: uso de antidepressivos, diabetes, medicamentos usados no tratamento do vírus HIV, entre outros;
- Não compartilhar com bebês e crianças copos, talheres, escovas dentais e outros objetos de uso pessoal. Não resfriar o alimento da criança através do sopro e não beijar o bebê ou a criança na boca, pois as bactérias causadoras da cárie também estão presentes na saliva.
O que é Doença Periodontal
A doença periodontal é provocada, principalmente, pela placa bacteriana, que é composta por resíduos alimentares e bactérias. A placa bacteriana é responsável pela inflamação da gengiva e do periodonto (estrutura que sustenta os dentes: osso alveolar, ligamento periodontal e cemento).
Além disso, quando acumulada por um longo período, a placa pode endurecer pela deposição de sais minerais da saliva, originando o cálculo dental, popularmente conhecido como tártaro, que também contribui para a inflamação gengival e, progressivamente, para as doenças periodontais.
Consequências
Uma vez estabelecida a inflamação, pode ocorrer sangramento gengival, mau hálito e mobilidade dos dentes, podendo chegar até à perda dos mesmos. Ainda existe a possibilidade de as bactérias presentes na boca se disseminarem pelo corpo, acarretando problemas de saúde geral.
Como prevenir
- Manter a higiene bucal através da escovação, uso do fio dental e flúor; visitar o cirurgião-dentista periodicamente para revisão e remoção profissional da placa bacteriana e tártaro, quando necessário.