Mas, se alguém não cuida dos seus parentes, e especialmente dos da sua família, tem negado a fé, e essa pessoa é pior do que um incrédulo. 1º Tim. 5:8. Muitas pessoas têm casa, pai, mãe, cônjuge, irmão, e nem por isso podem dizer que têm uma família. São pessoas que se imaginam rejeitadas, não se sentem notadas em casa, compreendidas, amadas…
Quando há amor na família, lemos em 1º Coríntios 13, que o ciúme, a inveja, o orgulho, o egoísmo e o desprezo não têm lugar no Lar. Porque as pessoas não se portam inconvenientemente, não buscam os seus próprios interesses, são leais, pacientes e corteses. Tudo sofrem, tudo creem, tudo esperam e tudo suportam tanto em meio à prosperidade como em meio à adversidade.
Mas, para fazer uma reflexão sobre esse tema, não verifique se existe amor em sua família, verifique primeiro se existe amor em você !
Porque, quando alguém ama é bondoso, não é melindroso, não guarda rancor e dificilmente notará o mal que outros lhe fazem. Quem ama não é arrogante, invejoso, ciumento, orgulhoso, egoísta e nem tampouco rude. Será leal para com essa pessoa amada custe o que custar. Acreditará sempre nela, esperará sempre o melhor dela e se posicionará sempre em sua defesa.
Entretanto, o amor não é paixão! “O amor… não é desarrazoado; não é cego. É puro e santo. Mas a paixão do coração natural é coisa totalmente diversa. Ao passo que o amor puro introduz a Deus em todos os seus planos, … a paixão é obstinada, precipitada, desarrazoada, desafiadora de toda restrição, e torna o objeto de sua escolha um ídolo. Em toda conduta de uma pessoa possuída de amor verdadeiro, manifestar-se-á a graça de Deus.” Mente, Caráter e Personalidade, Vol. 1, p. 223.
Quem ama percebe na pessoa amada os seus defeitos, suas limitações, suas fraquezas, e conquanto não aprove os seus erros, não é capaz de desprezá-la. Tenta ajudá-la, mas para isso não humilha, não critica e não perde a paciência. E sem precisar violar a consciência, ajuda sem acobertar os seus erros.
Amar é característica de Jesus, e quanto mais amamos uns aos outros, tanto mais nos tornamos semelhantes a Ele. Por conta disso, ao saber que o amor jamais acaba, quem ama tem tanto para oferecer que em troca, nunca exige nada.
Graciliano Martins – Pastor e Psicólogo.