(Jeremias 18: 4 a 6; Rom. 9: 19 a 29; 2a Tim. 3:16).
Não há como saber sobre a soberania de Deus, senão pelas Escrituras Sagradas. Se aceitamos a Bíblia como Palavra de Deus, então descobrimos que ela repetidamente diz que Deus e soberano.
Quando é aplicado a Deus, o termo soberania indica o total domínio do Senhor sobre toda a Sua criação. Como soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a Sua vontade, sem ter de prestar contas a qualquer vontade finita, conforme Daniel 4:25 … Até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens e o da a quem quer. Somos o barro, Deus, oleiro (Jer.18:4-6).
Deus não pode ser comparado com os limitados e mortais soberanos deste mundo, porquanto só Ele é o soberano eterno, justo, fiel, verdadeiro, longânimo e Sua misericórdia não tem fim.
O ensino bíblico e que Deus é Rei, Soberano Supremo e Legislador do universo e os cristãos do mundo inteiro, proclamam isso, repetidamente, quando recitam ou cantam a doxologia Pois Teu e o Reino, o poder e a glória para sempre. É uma expressão plenamente verdadeira, pois Deus realmente é o único Soberano, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (Tim. 6:15).
A autoridade da Bíblia é estabelecida por suas próprias reivindicações. Ela é a Palavra de Deus, pois … Nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo (2° Pedro 1:20,21). O apóstolo Paulo reafirma essa convicção quando diz que: toda Escritura e inspirada por Deus… (2° Tim. 3:16).
A soberania de Deus consiste não só em Sua onipotência expressa em relação ao universo criado, mas também, no tocante à responsabilidade moral das criaturas diante dEle. Deus poderia, por exemplo, condenar toda a raça humana à perdição face à desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva e, também, quando do dilúvio. Ao longo da historia ternos visto que Ele, como soberano, justo e misericordioso, resolveu salvar a muitos … (lsa.53:11).
Em toda a Escritura se faz evidente que não existe outra fonte de salvação exceto a graciosa mercê divina. A graça não teria razão de ser se os méritos a precedessem. O Senhor não escolhe os bons, mas escolhe para os fazer bons (J. Calvino), O Senhor nos escolhe segundo o beneplácito da Sua vontade (Ef.1:5). Beneplácito significa a vontade prazerosa de Deus. Sua boa, agradável e perfeita vontade.
Jesus diz que ninguém pode reconhecê-lo como Salvador se o Pai não o levar a Ele e que todo o que o Pai Lhe dá, esse irá a Ele; e esse de maneira nenhuma se perderá, conforme João 6: 37,44.
A Igreja é o instrumento de Deus para reunir aqueles que Ele soberanamente quer salvar e, que, com Sua graça irresistível, Ele, através do Seu Santo Espírito, vai reunindo os que lhe pertencem.
Que a nossa Igreja possa ser a Arca que receba, fraternalmente, pessoas e famílias que Deus quer reunir como Seu povo.
Reverendo Enoc Teixeira Wenceslau – Moderador do Conselho Coordenador da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil.