Muita gente fala desta crise como algo certo na vida de todos os casais. Depois de haver superado a primeira – da adaptação – os casais navegam tranquilamente pelos mares do relacionamento, descuidando do que outrora fora tão importante e ao chegarem aos sete anos descobrem que o casamento talvez não seja tão maravilhoso como pensavam. A vida começa a cair na rotina e o romantismo é cada vez mais escasso.
Mas, o que há de verdade nisso tudo?
Impressionei-me ao ler um livro de finanças e me deparei com um conselho pra lá de inusitado. Vejam o que encontrei:
“… ao longo do tempo muito dos detalhes charmosos do lar do casal se desfazem.
No começo, tudo é novo e reluzente: enxoval, faqueiro lustroso, copos de cristal para servir as visitas, todos os eletrodomésticos em perfeito funcionamento. Depois de cerca de sete anos de uso, muitos jogos de copos já estão incompletos, os talheres opacos, o enxoval com aparência de usado. Muitos eletrodomésticos deixaram de funcionar (…). Muitas lâmpadas da casa se queimam e os insistentes pedidos para que o “maridão” troque soam como implicância. As paredes precisam de pintura, mas dá pra continuar vivendo assim. As portas rangem, os ralos estão entupidos, o filtro de água está com defeito, enfim, um sem número de problemas transformam o outrora “ninho de amor” em um cafofo caindo aos pedaços.
Esses problemas não são notados, pois vão ocorrendo aos pouquinhos ao longo do tempo. Por volta dos sete anos, parece que o charme e o romantismo acabaram…” (Gustavo Cerbasi – Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, p. 64).
Ao passarem por esta crise, alguns casais são vítimas da dúvida quanto ao haverem ou não tomado a decisão certa de se unirem a uma pessoa que agora já não se preocupa com detalhes que fizerem a diferença na hora de escolher o cônjuge.
Ao criar o homem e a mulher, o Criador fez questão de nos deixar diferentes. Bom, o que quero dizer é que somos tão diferentes em tantos aspectos que chego a pensar que somos espécies totalmente distintas. Nossa pele, olhos, estrutura óssea, força, sentimentos, decisões, reações, etc. … O que Deus queria com tudo isso?
Não somos competidores, tampouco nos casamos para sermos servidos, mas ao nos criar, Deus tinha em mente que nos complementássemos.
Tenho dito aos que vão se casar e que se aconselham comigo que não nos casamos para ser felizes, mas para fazer o outro feliz.
Quando o tempo passa, nos acostumamos com a estabilidade do casamento e nos esquecemos de que estamos casados com uma pessoa que todos os dias vive uma nova realidade, que tem necessidades diferentes das de ontem, ou do ano passado, ou do dia do casamento; que espera que o casamento seja sempre a melhor coisa do mundo, a decisão mais acertada de toda a vida.
Os homens precisam conquistar coisas novas todos os dias. Quando o casamento cai na rotina, não há nada para conquistar e perde a motivação.
As mulheres necessitam se sentir protegidas e guiadas por aquele a quem escolheram amar.
Quando o esposo não se apresenta como aquele que cria situações de bem estar e romantismo, ela pode pensar que o amor acabou ou que o encanto do casamento tem prazo de validade curto.
Vale lembrar que os dois são responsáveis pelo sucesso do casamento. Que tal lembrar como era na época do namoro?
Por último, deixo alguns conselhos para se livrar de uma vez por todas, ou para não entrar nesta crise:
- Gaste tempo a sós com seu cônjuge. Leve-o para passear, façam uma viagem romântica, assistam a um pôr-do-sol juntos novamente.
- Escolham um dia por semana para viverem momentos marcantes.
- Tenham coragem de conversar sobre melhoras no casamento. Talvez alguns não falem com medo de não serem ouvidos. Então que tal tirar tempo só pra ouvir e colocar em prática?
- Compre um presente para o seu cônjuge, mesmo que não seja um dia especial no calendário; afinal, o que há de mais especial do que o amor?
- Troque os talheres, eletrodomésticos, lâmpadas, pintura e móveis estragados em sua casa – deixe-a nova de novo.
- Compre roupas novas – jogue fora aquela camiseta furada, ou desbotada. Volte a se apresentar como o fazia quando se conheceram ou no início do casamento.
Espero que vocês sejam sempre muito felizes e não se esqueçam de convidar o Criador para fazer parte do seu casamento.
Gilson Barbosa – Pastor