“Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.” (Genesis 2:23)
A famosa declaração de amor dita por Adão à Eva (é amigos, foi uma declaração… levemos em conta que Adão, tinha pouco tempo de vida, ou seja, nosso grande Adão, ainda tinha muito o que aprender), mas voltemos à declaração… A declaração feita por Adão reflete a importância de se ter companhia para a vida.
Antes do encontro com o presente preparado pelo Senhor, o rei do Éden passava seus primeiros instantes de vida, sem sua rainha e se sentia incompleto. Essa sensação de incompletude aumentava, cada vez que este olhava, as mais magníficas e variadas, espécies de animais ao seu redor e percebia o privilégio que tais criaturas tinham, de desfrutarem da companhia daqueles que lhes eram equivalentes. Enquanto isso, Adão se sentia só, pois embora dominasse sobre elas, não tinha um par com quem pudesse desfrutar da alegria de ser corregente do próprio Senhor na Terra… Mas a curta, porém aparentemente eterna espera chegava ao fim!
O que vemos a seguir, é o próprio Deus providenciando “uma auxiliadora que lhe [fosse] idônea” e trazendo-a até seu filho, ato esse que para alguns teólogos remete à uma apresentação formal que poderia ser considerada com uma espécie de cerimônia intimista de casamento (Gênesis 2:21-22). Aí sim, vemos a alegria do grandão, e agora bobão, Adão.
A alegria de Adão nesse momento é vista na expressão (sem tradução) “Zot happaam”, uma interjeição, hebraica, que significa algo como: – “uauül”. Naquele momento Adão fica sem palavras… Sem palavras, porque finalmente ele encontrou aquilo que faltava nele! O rei da Terra acabara de encontrar a sua rainha, alguém que poderia tornar pleno, o ser a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1:27).
Certamente amigos, esse pensamento, essa sensação de encantamento pela amada, ecoa na mente de cada homem, quando observa sua rainha vir ao seu encontro, trazida por seu pai, assim com a mulher, fora trazida pelo Pai, ao homem. Cada um de nós que tem o privilégio de encontrar uma
companheira para a vida, a costela que faltava, se vê igualmente presenteado pelo Senhor, como fora o nosso primeiro ancestral. O grande desafiio daí pra frente é manter esse encantamento no dia a dia.
O sucesso de se manter o encantamento, verdadeiramente só pode ser alcançado, se nos lembrarmos, a cada dia, que foi o Pai celeste que idealizou e providenciou uma das mais antigas instituições na Terra: o casamento! Sendo assim, só poderemos alcançar sucesso nessa instituição, enquanto seguirmos Suas instruções, por meio de Sua palavra.
A intenção do Senhor não é apenas trazer e apresentar um ao outro, mas sim permanecer conosco, dentro dessa instituição diariamente, renovando, a cada manhã, este encantamento e a gratidão de ter uma companhia pela eternidade!
Que esse “uau” se repita a cada manhã, ao acordarmos um do lado do outro, sabendo que a cada dia ambos temos o privilégio de sermos a representação de Deus um para o outro e agradecermos, a Deus, um pelo outro!