A partir do momento em que os trabalhos escolares e provas passam a valer nota, e que a avaliação de rendimento passa a ser mais palpável, o cuidado deve ser redobrado para que possíveis problemas possam ser detectados e o devido auxílio prestado às crianças.
Sempre por perto
Ao verificarem a presença de problemas de desempenho escolar, os pais devem, além de conversar com a criança e passar a acompanhá-la mais de perto, procurar a professora e a coordenação pedagógica da escola para pedir que expliquem como avaliam o processo de aprendizagem e contem o que estão fazendo para que esta criança avance. Ainda, é preciso que esses profissionais lhes ofereçam orientação sobre como a criança deve ser acompanhada em casa, explica a psicóloga Adriana Quevedo.
De preferência, esse primeiro passo deve ser dado antes de as notas aparecerem abaixo da média no boletim. Já nas atividades e lições de casa, é possível verificar se existem algumas dificuldades, bem como se estas estão sendo ou não superadas.
Caminhos
As dificuldades de aprendizado podem ser resultado de fatores bastante distintos, como problemas emocionais em casa ou na própria escola, deficiências de visão ou audição, hiperatividade, falta de motivação, inadequação com o método de ensino, etc. Por isso, pais, professores e orientadores pedagógicos precisam trabalhar juntos, detectando e trabalhando as causas específicas e suas consequências no dia-a-dia escolar dos pequenos.
Segundo a psicóloga Adriana, estudar deve ser apresentado aos pequenos como o primeiro dos deveres em uma sociedade em que direitos e deveres regem todas as instâncias de convívio e atuação.
Assim, é necessário encontrar caminhos para adequar essa criança ao aprendizado escolar, tão importante na formação de qualquer indivíduo, assim que o motivo de sua dificuldade for encontrado.
Diante da repetência
Se, mesmo com todo o auxílio, a criança não conseguir melhorar o seu desempenho, pais e educadores precisam cuidar para que as notas baixas, e mesmo a repetência, não tragam danos emocionais drásticos.
É preciso fazer o pequeno entender as causas de seu desempenho, criar nele a consciência de onde estão as suas dificuldades e como ele terá uma nova chance para superá-las.
Caso o aluno não tenha se empenhado em prol de sua própria recuperação, é necessário que este também se conscientize de sua falha e perceba que está apenas vendo as consequências de seus próprios atos.
Responsabilizar, dando à criança a possibilidade de adquirir sem traumas determinados conteúdos, mostra-se um caminho mais produtivo do que a punição pura e simples na formação dos pequenos.
Adriana Quevedo é psicóloga especialista no atendimento a crianças.